Encontrando a Morte: Diferentes faces de uma mesma potência

No último texto, eu revelei meu mais novo ordálio: a busca pela Morte. Neste, focar-me-ei nas faces da potência da Morte.

O ideal é para esta busca é que eu utilize todo o processo de outono/inverno para lentamente evocar as diferentes faces ou arquétipos da Morte, apresentando assim meu pequeno projeto e me familiarizando formalmente com cada uma delas.

Escolhi 9 faces da Morte para esta ocasião. O motivo pelo qual eu escolhi o número 9 é porque ele representa o fim, a transformação. Recomendo que você tenha bastante consciência antes de tentar qualquer coisa em casa.

Os Oneiros

Irei começar o ordálio com os oneiros. Tudo bem que tecnicamente são mais de um, porém como família, eles representam uma unidade. Os Oneiros são importantes porque, como disse no outro texto, o sono é apenas uma preparação para a Morte.

Para este ritual, tomarei banho de banheira com chá de camomila, tomarei um chá próprio para induzir bons sonos, colocarei um colchão dentro de um círculo feito por pimenta preta. Farei o banimento dos Oneiros, a evocação dos principais deles: Hipnos, Ikelos, Morpheus e Fântaso. De preferência, usarei um unguento de vôo, caso encontre. Apresentarei meu ordálio. Dormirei. Na manhã seguinte, anotarei os sonhos no Diário dos Sonos.

Lucero

O próximo passo será conectar o mensageiro entre os véus do mundo para o Palo Mayombe. Há uma sessão sobre ele no livro, na página 91, para ser mais precisa. Quero me conectar com pelo menos três entidades de Palo Mayombe, seguindo as orientações descritas no livro, inclusive a firma, a prenda e a múmia.

Centella

Ainda seguindo os passos de Palo Mayombe. Agora que já falei com os Oneiros e com o mensageiro dos mundos dos mortos, preciso me conectar com a morada dos mortos, o jardim de sangue e ossos, ou seja, o próprio cemitério. E Palo Mayombe novamente me apresenta detalhes de como isso deve ser feito.

Cobayende

Para finalizar o processo de Palo Mayombe, é o momento de me conectar com aquilo que representa a Morte em si para esta crença em específico, seguindo sempre a firma, a prenda e a múmia apresentadas.

Anúbis

Agora passando um pouco para outra crença também nativa da África, é preciso trabalhar com Anúbis, responsável pela almas no Antigo Egípcio. Normalmente apresentado com a cabeça de Chacal,

Santa Muerte

Muito popular no México e no Dia dos Mortos, a Santa Muerte muitas vezes é descrita como uma entidade poderosa. Para este ritual, maquiagem específica, oferendas de caveira de açúcar e maior familiaridade com a cultura específica são essenciais. De preferência também uma estatueta em celebração.

Muitos rituais podem ser feitos em seu nome, consulte aqui

Tânatos

Outra parte importante para a minha crença é certamente o universo greco-romano. E como já comecei com os Oneiros, Tânatos também precisa estar entre aquele que representa a Morte em si.

Leia este ritual aqui de preferência

Perséfone e Hades

Certamente o casal mais poderoso que representa muito bem o mundo dos Mortos é Hades e Perséfone. Sendo Hades o Deus dos Mortos e Perséfone a Rainha do Submundo, aquela que governa os Mortos, o inverno e a Primavera. Também a que representa o subconsciente.

Veja o ritual para Hades
Ritual para Perséfone

Macária

Da união entre Perséfone e Hades nasce Macária, a Deusa da boa Morte. E o que há de mais fascinante desta Deusa é que ela é o desejo secreto de muitos, mas pouco se fala nela. Quem não gostaria de morrer dormindo, sem dor e em paz? Por isso, cultuar a face da boa Morte, muito mais que todas as outras, é de intensa importância se quisermos entender.