Reencarnação: Obrigação ou Opção?

Reencarnação: Obrigação ou Opção?

O conceito de reencarnação é uma das crenças mais antigas na história das religiões e crenças do mundo. A ideia é defendida desde os tempos de Pitágoras. No oriente, o hinduísmo já considerava essa possibilidade, 7.000 anos atrás. E é quase certo que outras culturas mais antigas tivessem conceitos similares, ainda que suas tradições não tenham sobrevivido tão intactas à passagem dos milênios. O conceito da reencarnação se desenvolve em praticamente qualquer cultura humana, por mais isolada que seja.

Reencarnações e Reencarnações

Ainda que algumas culturas ancestrais não tenham sobrevivido até os dias de hoje, o conceito de reencarnação é justamente o da sobrevivência. Sobrevivência da alma (atman, espírito, etc.), que resiste à morte do corpo, e seleciona uma nova forma para se manifestar, num ciclo que se estende indefinidamente.

O objetivo deste ciclo de encarnações difere de uma cultura para outra. Algumas creem que se trata de um processo de anulação de karma. Outras, que a alma passa por uma série de provações até chegar à iluminação. Não existe unanimidade.

A ideia de reencarnação era central no sistema de crenças dos antigos egípcios, que faziam planos grandiosos para o pós vida. E também para os hindus, que consideram as reencarnações fundamentais para o plano maior, da iluminação da alma. Mas a reencarnação não está presente apenas nas religiões orientais.

Entre as tradições ocidentais que comportam a ideia de reencarnação estão algumas vertentes cabalistas judaicas, tradições neopagãs, e até mesmo vertentes mais recentes (e certamente mais bizarras), como a Cientologia. O próprio Aleister Crowley clamava ser a reencarnação de diversas personalidades, de Ankh-af-na-Khonsu a Eliphas Levi.

Reencarnação é uma questão de escolha?

Há quem defenda que, após a morte, o curso normal das coisas é que a alma (espírito, etc.) seja reabsorvida na essência vital universal. Quando uma nova vida surge, se origina desse reservatório de essência vital, e não da alma imaculada de uma única pessoa morta. De acordo com essa visão, a reencarnação no sentido clássico pode ser atingida. Mas não se trata de um feito fácil, e certamente não é para qualquer um.

É o que defende Peter J. Carroll. Em seu Liber Null e Psiconauta, ele expõe essa visão, e apresenta três formas distintas pelas quais uma essência humana pode assumir um novo corpo. Uma delas envolve encarnar no seu próprio filho biológico – logicamente, abrindo mão da própria vida. Outra forma consiste em tomar à força o corpo de uma outra pessoa. A última forma, talvez a menos drástica, é mais similar ao conceito tradicional da reencarnação, mas não possibilita a escolha do novo corpo a ser ocupado.

Liber Null e Psiconauta descreve em detalhes as operações de reencarnação, bem como outros procedimentos avançados, em seu Liber AOM. O Renascer da Magia, de Kenneth Grant, explica as crenças egípcias em relação ao pós vida, e menciona algumas das alegadas reencarnações de Aleister Crowley. Ambos os livros estão disponíveis na loja da Penumbra Livros (e há, inclusive, um pacote promocional com os dois).

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