De onde vem a Estrela do Caos

De onde vem a Estrela do Caos?

A Origem da Estrela do Caos

Dungeons and DragonsAo contrário da maioria das imagens e símbolos usados nas escolas tradicionais de ocultismo, a Estrela do Caos, símbolo frequentemente associado à corrente da Magia do Caos, não deriva de uma fonte de antiguidade incalculável. Muito pelo contrário. Sua primeira aparição ocorreu em 1970, no livroThe Eternal Champion. É uma ficção científica de Michael Moorcock, autor que também criou o personagem Elric.

A Estrela do Caos é graficamente muito simples: uma estrela de oito pontas, todas terminadas em setas. Moorcock criou o símbolo a partir do conceito dos quatro pontos cardeais. Acrescentando outras quatro direções, cada uma finalizada por uma seta, estava criada uma representação visual de todas as possibilidades – e, portanto, do Caos. Dentro da mitologia de Moorcock, uma das setas (a apontada para cima) representa o caminho da Lei. As outras representam todas as demais opções (sejam quais forem). Curiosamente, desde então Moorcock vem se divertindo com os fãs desinformados que insistem se tratar de um símbolo ancestral para representar o Caos.

Como curiosidade, a TSR (antiga editora de Dungeons & Dragons) chegou a publicar, em 1980, um suplemento chamado Deities and Demigods. Este livro trazia personagens do universo de Elric, criado por Moorcock, para serem jogados em D&D. E lá estão a Estrela do Caos e a Seta da Ordem. Moral da história: a Estrela do Caos já foi publicada oficialmente em um suplemento de D&D. Não é sensacional?

A Estrela do Caos no Ocultismo Tradicional

Outros símbolos com oito pontas fazem parte das mitologias clássicas. A estrela de Ishtar é um bom exemplo. Mas além do fato de ter oito pontas, não tem outras semelhanças com a Estrela do Caos. Talvez a representação mais similar seja o Oito de Paus no Tarô de Thoth.

Na Magia do Caos

Oito de Paus “A Caosfera é a principal fonte de luz ou lâmpada mágica do adepto – uma singularidade psíquica que emite a escuridão brilhante. É uma fenda criada propositalmente no tecido da realidade, através da qual a matéria do Caos adentra nossa dimensão.”

Peter J. Carroll, Liber Null e Psiconauta

Liber Null e Psiconauta foi a primeira obra a discutir o simbolismo da Caosfera. Carroll descreve suas particularidades, sua geometria, suas propriedades e a forma de consagra-la e prepara-la para uso mágico.

A Estrela do Caos fazia sucesso na década de 1970 por causa das obras de Moorcock. E isso foi justamente na época em que a Magia do Caos estava engatinhando. A Estrela e sua irmã tridimensional, a Esfera do Caos ou Caosfera), acabaram sendo adotadas como símbolo pelos praticantes dessa corrente.

Sendo uma corrente de pensamento que busca quebrar vínculos com qualquer sistema simbólico exceto a própria realidade, a Magia do Caos não poderia escolher como símbolo máximo um pentagrama, hexagrama ou outro símbolo conhecido. Seria preciso criar um símbolo novo, ou adotar um desprovido de significado mágico/religioso. O símbolo do caos de Moorcock estava ali, pedindo para ser adotado. E foi.

 

O clássico Liber Null e Psiconauta foi lançado pela primeira vez em português pela Editora Penumbra, e você pode adquirir o seu pelos links abaixo.

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