A Árvore da Morte: Samael, o Veneno de Deus

Em nossa jornada subindo a Árvore da Morte, já passamos por Lilith e Gamaliel. Agora é a vez da terceira esfera: Samael, O Veneno de Deus.

Samael é a terceira Qlipha, e seu antipolo na Árvore da Vida é Hod. Enquanto a Sephira Hod está ligada ao intelecto, ao astral superior, ao aspecto mercurial, Samael representa a inteligência proibida.

Além de dar nome a esta Qlipha, Samael é também uma figura dos mitos judaicos. É tipicamente conhecido como um arcanjo, embora haja diversas interpretações adicionais a respeito de sua natureza. Estudiosos medievais o equiparam ao demônio Azazel. De acordo com o Zohar, foi ele quem tentou Adão a provar o fruto proibido do conhecimento; sendo, portanto, considerado a fonte de todo o “mal”. Ele é o consorte de Lilith, e juntos geraram as hostes demoníacas que infestam Gamaliel.

Entre os muitos nomes que se dá ao Diabo está o de Samael. De acordo com Kenneth Grant, seu nome possui atribuições numerológicas que o equiparam a Pã e Shaitan. O que faz bastante sentido, considerando que ele é um grande tentador, oferecendo conhecimentos normalmente inacessíveis.

Mas que conhecimentos seriam estes? Samael significa Veneno de Deus. Este veneno significa que todos os conceitos que se tem sobre o que é sagrado, sobre bem e mal, sobre certo e errado, são destruídos e corroídos pelo conhecimento que ele tem a oferecer. O magista que adentra esta Qlipha consegue enxergar além do véu da normalidade, e pode destruir todas as ilusões artificiais. Isto leva ao conhecimento proibido, ao intelecto obscuro. Esta nova perspectiva é muitas vezes confundida com a loucura – mas é sabido que a genialidade vem da inteligência agregada ao pensamento fora do padrão. Inteligência que segue convenções não gera nada além de mediocridade.

É por isso que em Samael ocorre a verdadeira iniciação ao Caminho da Mão Esquerda. É comum, na iniciação qliphótica, que o candidato ingira doses de “veneno” – psicotrópicos poderosos, causando uma experiência figurativa de morte e ressurreição. Aquele que resiste a este desafio tem destroçadas as suas percepções de padrões éticos, e emerge conhecedor de sua verdadeira vontade, isenta de julgamento moralista.

Qabalah, Qliphoth e Magia Goética, do Dr. Thomas Karlsson, detalha o que se pode encontrar nesta Qlipha, bem como o caminho iniciático a seguir para explorá-la.

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