Reencarnação existe? Conheça relatos interessantes e hipóteses!

Já escrevemos um texto a respeito se reencarnação é opção ou não. Hoje estava relendo o Pergunte a Baba Lon e alguém justamente levantou este questionamento: reencarnação existe? Nosso querido Lon Milo Duquette, o Dudu, deu uma resposta muito interessante a respeito das lembranças que ele teve de suas últimas vidas e de como a reencarnação é um fato para ele.

Aquilo se fixou na minha mente. Faz algum tempo que debato isso. Por tudo que eu tenho lido dentro do Ocultismo, de Liber Null e Psiconauta até o Renascer da Magia, sim, reencarnação é um fato, a questão nem é mais essa, e sim como ela acontece. Então eu separei diversas perguntas que fiz a mim mesma nestes longos anos e tentarei respondê-las da melhor forma possível.

Fiz esta pergunta à galera do Magia do Caos e obtive algumas respostas interessantes.

Na minha opinião, existe e não existe. Existe toda vez que trouxer algo de relevante e que precise ser resolvido existe. Não existe quando se usa de desculpa pra não resolver aqui e sim na próxima. E cessar esta vida e reiniciar tudo seria imprescindível, como formatar um computador que está funcionando mal, entupido de vírus, dados redundantes e programas velhos e obsoletos. Recomeçar é refrescante.

Idilio Cardosi

De fato, o que sempre estranhei neste tipo de hipótese, é que usamos a reencarnação ou como forma de punição ou de desculpa.

Aqui no Brasil é muito comum encararmos a hipótese pelo kardecismo, que é cristão, portanto muito moralista. Eu me lembro de rodas de conversa tentando adivinhar o que tal pessoa fez noutra reencarnação para nesta ter nascido pobre, feia e debilitada.

Há também uma espécie de meritocracia espirtual, em que alguns kardecistas realmente acreditam serem melhores por sua classe econômica ou o local onde moram, como se a evolução da ercarnação fosse linear e todos nós estivéssemos destinados a sermos o Deus bom e amoroso descrito por Jesus.

Visão moralista não é ocultista

Já escrevi algumas vezes que considerar a reencarnação como uma meritocracia espiritual é na realidade crer num mecanismo de tortura espiritual moral, porém não ético. Como podemos medir a moralidade de um primata-superior, por exemplo? Ou ainda, quem errou primeiro a ponto de merecer uma penitência? E por que aguardar quando a pessoa errou se esquecer disso para puni-la? Se você punir uma criança depois que ele completamente esqueceu o que fez, se ela nem sabe o que está acontecendo, isso não é punição, é apenas tortura. Ela não crescerá sabendo distinguir o que é bom, ela muito provavelmente imitará seus torturadores.

Reencarnação não pode ser comprovada

Defina “comprovada”. Com tantos relatos, testemunhos, histórias documentadas: o que mais serviria como prova? Em pergunte a Baba Lon, o próprio Dudu escreveu bastante sobre suas lembranças, aos três anos de idade, em que não tinha acesso à TV, mas que tinha visões muito nítidas de conteúdo adulto.

De fato, reencarnação não pode ser comprovada dentro dos parâmetros científicos atuais, mas historicamente há relatos do tipo desde os inícios dos tempos.

Marcelo Willian, tecnomago brasileiro, me lembrou de duas hipóteses científicas:

Olhando sob a ótica das últimas descobertas científicas…. existe a chamada memória genética, e especula se que haja também a memória atômica. Temos ainda a questão do entrelaçamento quântico, que se aplicado em almas (se a considerarmos com as mesmas propriedades da matéria), é não so possível que haja encarnação, como as coisas aprendidas em uma podem afetar outras vidas posteriormente. Mas não acredito na visão espírita teosófica de que reencarnamos para pagar algo.

A memória genética seria a lembrança de nossos pais, avós, que ficam em nosso DNA e que são transmitidas de geração após geração, como é o caso de Antonio Netto, que acredita ser o seu avô:

Eu acredito total em reencarnação, já tentei não acreditar mas na minha vida ficou impossível, fiz regressão e descobri que eu sou o meu avô. Pois é, ele morreu 7 anos antes de eu nascer, foi assassinado em um bar com um tiro na cabeça, tenho uma marca desde nascença. Quando criança, contava a história dos meus irmão e pais. Fugia de casa pra ir ao cemitério ficar em cima do túmulo do meu avô por algumas horas, fora as gostos que são os mesmos aparentemente. Pois ano passado encontrei em uma biblioteca um livro da Chico Buarque que eu era completamente louco para ter, era uma das primeiras edições do livro, chego em casa com o livro pra mostrar para minha a mãe e ela ficou parada e me contou que era o livro de cabeceira do meu avô, e tem muito mais vivência que ocorreram, o engraçado só foi descobrir e ligar os pontos aos vintes anos quando foi conhecer a espiritismo e fiz algumas sessões de regressão, porém gosto e não gosto de saber, sei lá.

Porém isso não explica o caso de lembranças fora do círculo familiar.

Relatos de reencarnação

Separei aqui alguns dos relatos mais interessantes que contaram a respeito de reencarnação. Tire suas próprias conclusões:

A coisa mais louca que aconteceu comigo com reencarnação é que uma vez em um ritual com Ayahuasca eu vi uma cena de uma vida passada minha quando fui Índia, minha tribo foi saqueada e eu vi meus pais sendo degolados na minha frente, então eu fugi. Quase 1 ano depois desse acontecido, uma amiga minha na qual eu nunca falei dessa cena, me fez uma tiragem de Tarot voltado para vidas passadas, Ancestralidade. Qual foi a vida que ela viu? Exatamente essa que descrevi, com acréscimo das cenas que faltavam, como se fossem partes perdidas de um filme… Eu me arrepio toda vez que lembro disso.

Anala Stefanie. 

Outra questão interessante é que teoricamente poderíamos trazer marcas de outras vida para esta:

Tenho sonhos que revelam partes da minha vida passada. A mais recente, eu estava na Alemanha Nazista. Fugia de um homem cruel que me prendia dentro do apartamento. Ele era meu tio e abusava de mim. Morri com um tiro no coração que trespassou o pulmão. Sem ar. No chão. Sozinha.
Quando nasci, em 93, aspirei água no parto (creio que fosse um reflexo da maneira que desencarnei na última vida. A ânsia em puxar o ar).
Sempre tive problemas respiratórios desde a infância.

Yessica Stone

Reencarnação e quimiognose

Uma maneira de buscar pelas outras vidas é recorrer à quimiognose. As drogas e plantas de poder poderiam abrir a mente das pessoas para que elas pudessem vislumbrar suas vidas passadas:

Nunca fiz regressão… não tenho evidências palpáveis de q meus sonhos correspondam a vidas passadas… e mesmo visões muito vívidas com LSD ou ayahuasca nunca consegui linká-las com certeza a outras existências…

Mas a primeira vez que ouvi um áudio do Gāyatrī Mantra sendo recitado cai num choro profundo e indescritível… pois todo meu ser reconhecia aquilo remotamente, como uma lembrança subliminar… e tive certeza de que já havia ouvido isso muito ‘antes’!

Miguel Etchepare

O relato do Miguel também é interessante porque ele ainda fala a respeito de hábitos dos quais ele pouco sabia:

Por sua vez, há meia dúzia de locais deste planeta que reconheço como familiares… não só por características geográficas, mas tb pela cultura e hábitos… meu corpo, às vezes, me pede alimentos que não fazem parte da minha cultura local, e são consumidos apenas em culturas ou locais muito específicos, como no deserto!

E muito além do conceito de ‘almas gêmeas’ que circula por aí, houve contadas pessoas que conheci ao longo de minha existência atual, que assim que bati o olho nos olhos delas soube imediatamente que a familiaridade daquele olhar era algo que conhecia bem de perto e havia me acompanhado por longos períodos de intimidade dos quais minha mente cartesiana não tinha nenhuma recordação…. mas que só poderiam corresponder a existências que apenas meu coração seria capaz de lembrar – ou nunca esquecer! –

Atualmente lido bem com uma série de impressões que me chegam cotidianamente sobre coisas ou planos que nunca estudei ou pesquisei … e que chamo carinhosamente de ‘memória celular’… pois parecem vir de dentro das profundezas do DNA e fazerem parte de uma biblioteca ancestral!

Aplicativo do Google pode ajudar

Se você acredita que pode ter feições parecidas com as do passado, então o aplicativo Google Arts and Culture pode ajudar. Através da sua foto, ele pesquisa tudo que contenha feições como as suas dentro das pinturas. Talvez, se você for um bom mago, tenha escolhido um corpo parecido com o seu anterior para habitar:

Leia outros relatos do Dudu aqui na Penumbra:

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