Americanos civilizados utilizaram crânios como troféus durante a Segunda Guerra

Americanos são considerados como exemplos de civilidade, enquanto africanos são vistos como primitivos e ignorantes. Quando citamos religiões como Palo Mayombe, que utilizam ossos humanos em suas práticas, logo percebemos o olhar de julgamento. Saiba um pouco sobre como o Mayombe chegou no Brasil:

Infelizmente, há muita má informação sobre Palo Mayombe, que é tido como um culto primitivo. Poucos sabem, entretanto, que soldados americanos fizeram relíquias de soldados japoneses, especialmente de seus crânios, durante a Segunda Guerra, e não por propósitos religiosos, mas sim como deboche.

Assinada pelos EUA, a Convenção de Genebra de 1929, determina uma série de normas relativas aos direitos humanos, especialmente durante guerras, tais como a proibição de armas químicas, proibição de matar alguém que tenha se rendido, etc. No caso, utilizar crânios de soldados para deboche também é obviamente proibido.

Segundo informações de Aventuras na História, o governo americano mandou os corpos dos soldados japoneses que morreram entre junho a novembro de 1944 na campanha das Ilhas Marianas. Porém, um número expressivo deles não tinha cabeça.

Descobriu-se que os americanos usavam tais crânios como decoração, objetos, troféus etc, sem nenhuma consideração pela humanidade dos mortos e também sem nenhum propósito religioso, diga-se de passagem.
Guerras já são brutais por si só. Mas como soldados se portam nos campos de batalha determina como são recebidos pelo mundo: heróis ou bárbaros. No caso dos americanos, usar as cabeças dos inimigos para bobagens não foi um ato bem visto pela sociedade.

A revista Life publicou dois fatos que chocou a “civilização”. Primeiro, uma fotografia mostrando uma cabeça japonesa, foto tirada por Ralph Morse. Anos mais tarde, a mesma revista publicou a foto de uma moça e um crânio japonês. Ela agradecia ao namorado pelo presente macabro.

Ralph Morse / Life

A desumanização gerou uma onda de protestos e levou com que os japoneses retratassem os americanos como primitivos e racistas. Mas o fato é que grandes civilizações, incluindo os japoneses, já tiveram suas cotas de barbárie. Portanto, é curioso este pré-julgamento em relação as práticas alheias, especialmente as que envolvem a fé.

Para saber mais sobre o uso dos crânios no Palo Mayombe, acesse:

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