Identificando Ataques Psíquicos

Identificando Ataques Psíquicos

Nós já comentamos aqui que ataques psíquicos talvez sejam mais raros do que se suponha. E na maioria dos casos, o que passa por ataque psíquico pode ser realmente só um monte de coincidências que a mente tenta encaixar num quebra-cabeças deturpado, mesmo que precise forçar algumas peças. Mas como é possível saber se um ataque psíquico é verdadeiro ou não?

Fala a Voz da Experiência

Dion Fortune continua sendo referência no tema dos ataques psíquicos, mesmo várias décadas depois de escrever seu clássico Autodefesa Psíquica, que trata especificamente deste tema. É claro que nos anos que se seguiram outras abordagens ao tema foram desenvolvidas, como por exemplo o trabalho de Dave Lee em seu Caostopia. Mas Autodefesa Psíquica continua sendo a fonte primária sobre o assunto.

   Caostopia, de Dave Lee

O motivo de Dion Fortune ter se especializado em ataques psíquicos (ou, mais especificamente, em como se defender deles) está em uma experiência que ela viveu em primeira mão (relatada de forma resumida em O Renascer da Magia, de Kenneth Grant).

Enquanto ainda jovem, aos 20 anos de idade, ela trabalhava para uma mulher terrível, que impunha sua vontade sobre todos os seus funcionários, chegando ao ponto de impedi-los, usando seus poderes, de pedir demissão.

Dion sofreu um ataque seríssimo de sua empregadora, que usou contra ela técnicas que hoje talvez chamássemos de PNL (programação neurolinguística), mas que poderiam igualmente ser enquadradas como hipnose ou magia negra. O nome faz pouca diferença. O resultado é o que importa: Fortune passou três anos sofrendo sequelas desse ataque, e decidiu se dedicar a desvendar o que acontecia.

E ela conseguiu. Em uma abordagem revolucionária, Dion conseguiu explicar eventos psicológicos à luz do ocultismo e fatores ocultos à luz da psicologia. O resultado de sua exploração está em Autodefesa Psíquica.

Identificando Ataques Psíquicos

É claro que as coisas não são tão simples, e que existe um livro inteiro a respeito desse assunto. Mas de acordo com Dion Fortune, ataques psíquicos raramente são feitos propositalmente por pessoas com competência para tal. Segundo ela, estes ataques são normalmente deflagrados pelos poderes inatos das pessoas. Isso se aplica tanto aos completamente inocentes quanto aos maliciosos, porém sem conhecimento específico para lançar um ataque proposital.

A forma mais comum de ataque psíquico é aquele que provém da mente ignorante ou maligna de nossos semelhantes.

 

Dio Fortune – Autodefesa Psíquica, p. 23

Sintomas Subjetivos e Objetivos

Uma série de sintomas começa a se abater sobre vítimas de ataques psíquicos. Primeiramente, sonhos estranhos começam a se manifestar, muitas vezes acompanhados do sentimento de imobilidade típico da paralisia noturna. Em um próximo estágio, a vítima é acometida de uma sensação de medo e uma exaustão nervosa generalizada. Estes são os principais sintomas percebidos num nível subjetivo.

   Autodefesa Psíquica, de Dion Fortune

Mas outros sintomas, mais diretos e sinistros, também podem aparecer. Estes normalmente se dão em decorrência de ataques mais concentrados, perpetrados por atacantes mais habilidosos. É possível, por exemplo, que a vítima seja acompanhada por odores pútridos, como de carne em decomposição, em situações inusitadas. Sons agudos, explosões (reais!) inexplicáveis, pegadas que vão de lugar nenhum a lugar nenhum e manifestações polgergeist também podem acompanhar a vítima do ataque psíquico.

Em última instância, a vítima pode começar até mesmo a apresentar ferimentos sem motivo aparente. Estes ferimentos podem vir em formas curiosas, simbólicas e significativas, às quais deve-se prestar atenção.

Explicações Plausíveis

Dion Fortune lista todos esses possíveis sintomas, mas não é uma mera maluca deslumbrada que acredita em tudo. Pelo contrário. Ela sugere fortemente que explicações plausíveis para todos os fenômenos percebidos sejam buscadas. Mas, na ausência dessas causas naturais, ela considera sábio atentar para as possíveis origens sobrenaturais desses estranhos conjuntos de coincidências.

Fica aqui uma consideração: mesmo que haja explicações plausíveis para todos os eventos que parecem configurar supostos ataques psíquicos, isso não quer dizer que a razão por trás de tais eventos não seja um ataque mágico. Afinal de contas, muitos efeitos mágicos se manifestam na realidade palpável através de séries de coincidências. É muito mais fácil, do ponto de vista prático, causar uma coincidência do que causar uma manifestação física direta. Por exemplo, no caso de cheiro de podridão no ar, é mais fácil fazer um ovo estragar do que materializar metano na atmosfera, sem nenhuma fonte física direta.

Dion ressalta também a possibilidade bem real de que os sintomas podem ser causados por fraudes deliberadas – seja por parte da vítima ou de terceiros. E o fato de existirem fraudes, segundo ela, serve para corroborar a realidade desse tipo de fenômeno:

Notas bancárias forjadas jamais seriam aceitas se não existissem notas bancárias genuínas.

 

Dio Fortune – Autodefesa Psíquica, p. 27

Você acredita que pode ter sido vítima de algum destes ataques? Compartilhe sua experiência nos comentários!

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