Frater Optimus e a Terceirização dos Servidores

Frater Optimus e a Terceirização dos Servidores

Nosso colunista, Frater Optimus, é um mago das antigas, que parou no tempo e acha que você não sabe de nada. Às vezes ele tem razão, mas a cada dia que passa o vovô vai ficando para trás.

No texto de hoje, Frater Optimus fala sobre a prática contemporânea de usar servidores mágicos desenvolvidos por desconhecidos.

Era só o que me faltava. Vou te contar, esse pessoal de hoje em dia é muito preguiçoso.

Na minha época as pessoas faziam magia com Deuses, Anjos, Demônios, Elementais. Todos já estavam lá, mas não era fácil trabalhar com eles. Precisava estudar muito. (Se você discorda, experimenta fazer uma evocação Enoquiana sem estudar, e depois me conta como foi.) Aí veio um pessoal e inventou esse negócio de servidores. Diziam que qualquer um podia inventar um servidor, e sair usando por aí. Uma enorme balela.

Eu até já estava dando um certo crédito para as pessoas que se esforçavam para criar seus servidores. Talvez essa juventude não estivesse perdida, afinal de contas. Mas não. A gota d’água para mim é essa modinha que tem agora de usar o servidor que outra pessoa fez. É Fotamecus pra lá, Abralas pra cá, Ellis não sei o quê, mané Quarenta Servidores… Me dá uma aflição só de pensar. E muitas vezes, quem criou o servidor é um completo desconhecido! O que essa gente está pensando? Que magia é pastelaria? Me vê um de carne e dois de queijo, por favor! É isso? Eu não consigo acreditar. Francamente.

Primeiro que esse negócio não funciona. Magia não funciona se você não se esforça. Não é cem metros rasos, corridos de qualquer jeito. É uma maratona. Pegar um sigilo feito por um desconhecido, dar uma gozada em cima e achar que vai funcionar é, no mínimo, muita inocência.

Segundo, que mesmo se funcionar, quem te garante que o servidor faz o que dizem que ele faz? Se você não conhece a pessoa que criou, não tem como confiar nela. Se não tem como confiar, e não consegue entender o verdadeiro processo de criação do servidor, você não tem como saber com o que está se metendo. Você está doando sua energia para quê? Com qual vibração você está se sintonizando? Acha mesmo que as pessoas que estão por aí, no Orkut, nessas coisas de Internet, querem te ajudar? Ou será que eles querem se ajudar? Você nasceu ontem, por acaso? Está parecendo que sim.

Se você acha que vale a pena ficar aí tocando punhetinha para o servidor dos outros, tudo bem. Não sou eu que vou me dar mal. Quero mais que você se exploda. Mas na minha época não era assim.

 

Se você quiser saber como realmente funcionam os servidores – sem a visão maluca do Frater Optimus – fica a indicação de leitura do Liber Null e Psiconauta, o clássico da Magia do Caos de Peter J. Carroll.

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